O salão da villa estava em silêncio absoluto, exceto pelo som distante do mar e o tique-taque firme de um relógio antigo. Emily estava sentada diante de uma câmera discreta, instalada por um dos homens de confiança de Dante. O olhar dela estava firme, mesmo com os traços de cansaço marcando o rosto, como se tivesse enfrentado tempestades que a deixaram esgotada, mas resiliente.
— Pode começar quando quiser, bambina, — disse Dante, ao fundo, em tom calmo, mas havia uma intensidade em sua voz que reverberava nas paredes opulentas do salão. — Eles precisam ouvir a verdade, e a verdade nunca deve ser calada.
Ela respirou fundo, as mãos trêmulas se entrelaçando, enquanto suas memórias sufocantes a assombravam. Qualquer hesitação poderia ser fatal, não apenas para ela, mas para todas as vidas que dependiam do que ela estava prestes a dizer. — Meu nome é Emily Margaret Collins, nasci em Massachusetts. Fui sequestrada há quatro dias por homens ligados a uma rede