A porta do salão se abriu devagar, rangendo como se o som ecoasse direto no coração de Nicolas. Ele se virou de súbito, e o tempo pareceu parar. Emily estava ali, pálida, os cabelos soltos e bagunçados, vestida com uma camisa de linho branca que lhe caía como uma túnica. A luz suave que entrava pela janela destacou as marcas de cansaço em seu rosto, enquanto seus lábios estavam levemente feridos, talvez de um último esforço de resistência. Mas os olhos — os mesmos olhos serenos e expressivos que Nicolas sempre conhecera — brilhavam de alívio e medo ao mesmo tempo, como se ela estivesse lutando contra uma tempestade interna. Dante fez um gesto discreto para o guarda ao lado fechar a porta e recuar, dando-lhes privacidade. Emily deu alguns passos hesitantes, e a primeira coisa que disse foi: — Edy e Lottie? — a voz saiu trêmula, carregada de uma ansiedade atroz. — Eles estão seguros? Diga-me, por favor.
Nicolas se aproximou de imediato, a respiração curta, a emoção dominand