O som do motor ecoava como um trovão dentro do caminhão em movimento. Emily despertou lentamente, a cabeça latejando. Ela percebeu que seus pulsos estavam amarrados com corda grossa, que rasgava sua pele, relembrando-a da feroz luta que travou para se manter livre. O ar estava impregnado com o cheiro de ferrugem e gasolina, um aroma pungente que a transportava para os momentos de paz que desfrutou antes de ser capturada — um tempo em que o sol brilhava e a liberdade preenchia cada uma de suas respirações.
Ao tentar se mover, sentiu seu corpo dolorido e, nesse instante, percebeu que não estava sozinha. Em um canto, três jovens tremiam como folhas balançando ao vento, suas fragilidades expostas em um universo hostil. A primeira delas, uma menina de cabelos castanhos desgrenhados, chorava baixinho, com lágrimas escorrendo por um rosto pálido que revelava a fragilidade da esperança. A segunda, uma jovem de traços marcantes, rezava em voz baixa. Seus murmúrios