O relógio marcava quase meia-noite quando Nicolas e Mark finalmente retornaram à sede do FBI, após horas de reuniões e discussões táticas. A sala de operações estava mergulhada em uma luz azul, quase fantasmagórica, enquanto telas piscavam incessantemente com dados de rastreamento, registros de portos e nomes codificados que pareciam dançar diante dos olhos. O som dos teclados e dos rádios ecoava numa linha tênue entre a urgência e o medo, criando uma atmosfera eletricamente carregada. O agente responsável, Miller, levantou o olhar ao ver os dois entrarem, seu semblante refletindo a gravidade da situação.
— Temos algo. — anunciou, a voz carregada de tensão. — Mas é... estranho.
Mark, já em modo investigativo, se adiantou:
— Estranho como? — ele questionou, a expectativa ardendo em sua voz.
Miller apertou um botão no painel e, com um murmúrio de estática, uma gravação começou a tocar. A voz masculina que surgiu era firme, com um leve sota