A sala de reuniões estava mergulhada num silêncio opressivo, quase palpável, que envolvia cada um dos presentes como uma névoa pesada. O relógio de parede, com seu tique-taque implacável, marcava nove horas em ponto quando Dante entrou, trajando um terno escuro que contrastava com o ambiente sombrio e de tensão. Seu olhar cortante parecia atravessar as almas dos que ali estavam, carregado de uma determinação sombrinha. O ar naquele espaço parecia denso, saturado de significados — como se cada palavra pudesse provocar uma avalanche de consequências, altera destinos selados. Nicholas levantou-se, o semblante firme, um gesto comum para esconder o turbilhão de emoções que o assolava, e estendeu a mão em uma saudação protocolar, mas o aperto era morno, quase relutante. — Pensei que chegaria mais tarde, — comentou com uma serenidade que soava quase forçada, como um ator em cena, ciente do papel que lhe cabia.Dante pousou a pasta sobre a mesa, sem es
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