O relógio na parede, com seu tique-taque incessante, marcava nove da manhã quando o assistente, com passos hesitantes, cruzou a porta do escritório de Phillip Collins.
O ambiente era opressivo, cheio de móveis escuros e pesados que pareciam absorver a luz e a alegria, conferindo um ar de seriedade que fazia o coração do jovem bater mais rápido.
Phillip, sentado atrás de uma ampla mesa de madeira polida, levantou seu olhar glacial do relatório que analisava, notando a expressão tensa que transformava o subordinado em uma sombra do que costumava ser, como se o peso da notícia que carregava o diminuísse a cada segundo.
— Fale logo — ordenou Phillip, sua voz firme e sem paciência, reverberando pelas paredes como um comando militar em um campo de batalha. — O que aconteceu agora?
O assistente, ajeitando os óculos com dedos trêmulos, poderia ser confundido com uma folha ao vento, tal era sua vulnerabilidade.
Ele respirou fundo, mas o peso da responsabili