O relógio marcava sete e quarenta e cinco da manhã quando o elevador privativo de Nicholas desceu silencioso até o subsolo da sede da holding.

O ambiente já estava tomado pela rigidez dos seguranças enviados por Dante — dez homens de terno escuro, postura militar e olhares treinados que pareciam espreitar cada canto com atenção meticulosa.

Cada movimento deles parecia calculado, formando uma coreografia perfeita entre vigilância e silêncio, como se estivessem prontos para reagir a qualquer sinal de perigo iminente.

Os sussurros discretos das conversas embaixo mostravam que, apesar da absorta calmaria, uma tempestade se formava no ar.

No salão de reuniões do último andar, Helena já o aguardava. Seu rosto sereno, como uma máscara bem trabalhada, escondia a tensão que se acumulava por horas de investigação intensa. Seus olhos, normalmente vibrantes e expressivos, agora estavam cercados por um cansaço preocupante, reflexo da carga emocional e das revelações pertu