ElaraDentro de casa, depois que me despedi de Maeve, travei cada porta, cada janela. O coração ainda martelava no peito. Eu me esforcei para não pensar, mas não consegui. A cena da noite anterior — a transformação, os olhos brilhando sob a lua cheia — vinha como um pesadelo a cada vez que eu fechava os olhos.E, no entanto, havia outra lembrança que me perseguia: a forma como ele olhava para mim. Não havia fúria, não havia maldade. Havia algo diferente, algo que eu não conseguia explicar.Quando saí para buscar a vassoura no quintal, o ar frio da noite me envolveu como um aviso. Respirei fundo, tentando afastar os pensamentos sombrios. Mas então ouvi passos. E quando ergui o olhar, lá estava ele.Adrian.Minha respiração falhou. O instinto foi correr, mas antes que pudesse, ele me segurou pelo braço.— Solte-me! — gritei, a voz falhando. — Eu vou gritar!— Não faça isso, Elara — ele disse, a voz baixa, quase um pedido. — Por favor, não grite.Havia algo no tom dele que me fez hesitar.
Ler mais