A manhã seguinte parecia calma demais. O Sol atravessava as cortinas do meu quarto, mas dentro de mim só havia inquietação.
Eu segurei o celular, lendo pela décima vez a mensagem de Ana.
"Se você pensa que venceu, está enganada. Você não sabe com quem está mexendo."
Suspirei fundo. Ana nunca desistiria. Ela era como veneno que mata aos poucos e de forma dolorosa.
Desci até a cozinha. O cheiro de café fresco me fez parar na porta.
Zain estava lá, sem camisa, apenas de calça e um avental amarrado na cintura, mexendo uma frigideira como se fosse a coisa mais natural do mundo.
Meu coração disparou. Não pelo café, mas pela cena.
Ele parecia de outro mundo. Um homem que carregava sombra nos olhos, mas ainda assim era capaz de me oferecer um café da manhã delicioso.
— Bom dia — ele disse sem se virar, como se tivesse sentido minha presença.
— Você sempre cozinha desse jeito? — provoquei, encostando na bancada.
Ele riu de canto. — Só quando quero distrair alguém das perguntas certas.
Caminhei