LaísA semana na ONG passou como um prelúdio de algo inevitável. A cada troca de olhares, a cada toque disfarçado entre Eduardo e Laís, a tensão crescia como uma corda prestes a se romper. Eles estavam em sintonia, mas fingiam que não notavam. Fingiam mal.Na sexta-feira, após o expediente, o grupo foi ao karaokê na cidade vizinha. As luzes coloridas, o cheiro de cerveja e fritura no ar, a música alta — tudo colaborava para o clima de entrega.Quando Eduardo puxou Laís para dançar, os corpos se colaram sem resistência. As mãos dele desceram pelas costas nuas dela, parando na curva da cintura. Laís deslizou os dedos pela nuca dele, puxando de leve seus cabelos.— Essa música me lembra você. — ele disse ao pé do ouvido.— Qual parte? — ela provocou.— A que não sai da cabeça.O beijo ali foi inevitável. Molhado, profundo, urgente.Mais tarde, no carro, o silêncio era carregado. Eduardo mantinha uma mão no volante, a outra pousada sobre a coxa nua de Laís, que usava um vestido curto, lev
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