A segunda-feira amanheceu trazendo uma mistura de realidade e sonho. Laís abriu os olhos devagar, sentindo o cheiro do café que vinha da cozinha da casa de Tia Zuleica. O corpo ainda guardava os ecos do fim de semana intenso com Eduardo — cada toque, cada beijo, cada sussurro ecoava na mente dela como uma lembrança ardente. O coração acelerava ao lembrar, mas junto vinha também uma pontada de insegurança. Era real? Não tinha sido apenas um impulso? Agora, com a rotina voltando, ela temia descobrir.
No trabalho na ONG, tentou se concentrar nas tarefas do dia, revisando relatórios e atendendo voluntários, mas os pensamentos sempre escapavam para ele. Eduardo parecia diferente também: mais carinhoso, atento, e até vulnerável. Quando passou pela mesa dela, deixou uma xícara de chá ao lado, com um bilhete escondido: “Pra você não esquecer que penso em você até nos detalhes.” Laís sentiu o rosto arder e guardou o papelzinho dentro do caderno, como quem guarda um segredo precioso.
Durante a