Laís acordou com o barulho do despertador, a luz suave da manhã atravessando a janela entreaberta. O corpo ainda dolorido pelas noites intensas com Eduardo, mas o sorriso em seus lábios denunciava uma lembrança recente e deliciosa. O final de semana tinha sido como viver em outra dimensão — onde o tempo não existia e tudo era feito de toques, sorrisos e prazer.
Na segunda-feira, a realidade bateu à porta. Vestiu-se para o trabalho com um misto de saudade e inquietação. Enquanto amarrava os cabelos em um coque despretensioso, olhou-se no espelho e sussurrou: “E agora?” Estava com medo de que aquilo tudo tivesse sido só um sonho bom demais para durar. E se voltassem a ser apenas amigos? Ou pior: estranhos com um passado intenso demais?
Na ONG, tentou manter o foco, mas os flashes das mãos de Eduardo percorrendo seu corpo vinham com força, misturados com o jeito como ele a olhava depois, como se ela fosse o mundo inteiro. Sentiu-se boba por estar tão entregue. Ou será que não era bobeira