O táxi seguia silenciosamente pelas ruas elegantes do bairro de South Kensington, um dos mais charmosos e sofisticados de Londres, conhecido por seus edifícios vitorianos impecavelmente preservados, museus, cafés discretos e jardins floridos. Era ali, em uma rua paralela à Gloucester Road, que Alicia Parker morava sozinha há pouco mais de dois anos.
O prédio era discreto, de fachada em tijolos claros, com janelas altas e floreiras nas sacadas de ferro fundido. Não chamava atenção aos olhos desatentos, mas por dentro, cada apartamento fora reformado com requinte moderno, respeitando a estrutura original.
Alicia desceu do carro, pagou em silêncio e subiu os três lances de escada até o seu andar. Não era fã de elevadores — uma mania que herdara da mãe, que dizia que subir escadas mantinha a mente alerta.
Girou a chave na fechadura, empurrou a porta branca e entrou.
O aroma familiar do seu perfume de ambiente, amadeirado com notas de jasmim, a recebeu como um abraço.
Seu apartamento era u