Na MIRA O estampido ecoou primeiro. O tiro atingiu o capanga da direita no braço — ele caiu com um grito rouco, a mão pressionando a carne aberta, sangue escorrendo quente entre os dedos. Antônio reagiu no mesmo segundo. Girou o corpo, puxou a arma, mirou direto no peito de José. Augusto manteve Eloise protegida atrás dele — o braço em torno da cintura dela, firme, como âncora e escudo ao mesmo tempo — e ergueu a própria arma, travando mira com o capanga restante. O capanga também mirava nele. Duas armas apontadas. Duas vidas no fio. Um disparo decidiria tudo. --- Na mata Entre as árvores, camuflado no alto, o Águia respirava pelo nariz, controle absoluto do corpo. O dedo no gatilho, sem tremer. — Alvo central no quadro. — disse no rádio, a voz baixa, milimétrica. — Se Augusto hesitar, pego o da esquerda. Outro sniper respondeu: — No seu comando. O Águia começou a contagem, quase em sussurro: — Três… --- No penhasco, Antônio riu. Não o riso d
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