Capítulo 252

CARA A CARA

O prédio não era um prédio.

Era um esqueleto.

Concreto exposto.

Pilares nus.

O eco das cidades que nunca terminam de nascer.

Não havia paredes.

Não havia elevador — apenas o vão vazio onde ele deveria estar.

E as escadas, estreitas, ásperas, subiam como uma espinha dorsal de concreto, conduzindo para cima — e para a queda.

Augusto parou diante da entrada.

Olhou para cima.

Medindo.

Calculando.

Atrás dele, os dois homens armados esperavam, imóveis.

Um deles deu o primeiro passo.

— Abre os braços.

A voz não veio alta.

Veio seca.

Automática.

De quem já fez isso muitas vezes.

Augusto obedeceu sem desvio.

O outro bandido manteve a arma apontada para o peito dele — sem tremor, sem aviso.

O primeiro colocou as mãos na cintura dele, revistando, até sentir o metal.

A arma.

Ele a puxou devagar, como se fosse uma vitória pessoal.

— Ora, ora… — ele riu, apoiando a arma de Augusto na própria cintura. — Ia levar isso pra onde?

Augusto não respondeu.

O homem não esperava resposta.

Pegou
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