CINCO MINUTOS
O relógio digital marcava 14:55.
Cinco minutos para as quinze horas. O mesmo horário que, Lucas tinha marcado como sentença.
Thomas olhou para o visor como se pudesse empurrar o tempo com os olhos.
A respiração dele estava medida, mas o aperto na garganta traiu a pressa.
— Porra. — murmurou. — Seu pai deveria estar aqui.
Augusto estava encostado na porta do carro, a arma presa à cintura, o olhar cortando a fachada do prédio vermelho.
Não havia pânico na voz dele. Havia cálculo.
— Não podemos esperar. — respondeu. — Não sabemos o que ele pode fazer se atrasarmos.
Thomas confirmou com a cabeça, um movimento curto, seco.
As equipes distribuídas em sombras, olhando prédios, janelas, calçadas; olhos que eram máquinas de ver.
Um dos homens na lateral do prédio chamou baixo no rádio:
— Câmbio.
O chiado respondeu:
> — Aqui. Temos três homens.
Visão de trás, próximo a você. Dois cobrindo nessa posição.
Thomas pegou a caneta e fez uma marca no mapa, a ponta do inst