A mansão de Rhaek estava silenciosa, mas o lobo dentro dele urrava. Desde o jantar, algo havia mudado. Ele conhecia o cheiro da mentira — e Narelle exalava um perfume novo, antigo e perigoso: o da mulher que esconde um segredo maior que o próprio orgulho.
Naquela manhã, ele não foi à sede da empresa. Em vez disso, convocou três dos seus homens de confiança. Lobos leais, discretos, hábeis em se mover entre sombras humanas.
“Sigam-na. Quero saber onde vive, com quem fala, o que esconde. Cada respiração dela deve ser relatada a mim.”
Os olhares entre os homens foram curtos, silenciosos. Um comando vindo de um Alfa não se discute.
Dois dias depois, ele tinha um endereço. Um bairro nobre, moderno, cercado por tecnologia e proteção. Narelle vivia bem — mais do que deveria. Mais do que quando partira.
As câmeras captaram uma mulher jovem cuidando da casa. A babá. Loira, de olhos duros, e uma calma que irritava. Ela não sabia que era observada. Ainda.
Foi no terceiro dia de vigilância que um