Rhaek atravessava o salão da mansão como uma tempestade contida. A raiva pulsava sob a pele e reverberava nas paredes envernizadas, onde ômegas curvavam os olhos ao sentir o cheiro de sua fúria.
Na penumbra da sala de estar, sua Luna o esperava, corpo curvilíneo vestido para agradá-lo. Mas ele não a tocou.
“Ele está abrindo espaço pra ela. Vai cair como um idiota”, murmurou, derramando uma dose de bourbon no cristal.
A Luna não respondeu. Sabia que quando Kael era o assunto, as sombras vinham pesadas.
Horas depois, Rhaek convocou os mais íntimos para a “Noite das Sombras”, um ritual antigo, sádico, que poucos ousavam questionar. Narelle recebeu o convite direto por mensagem codificada. Sabia que recusar soaria como fraqueza.
“Uma caçada”, dizia a mensagem. “Alívio e revelação. Traga suas garras.”
A floresta se estendia além dos portões da propriedade ancestral. Antiga. Vasta. O ar ali era outro — mais cru, mais animal.
Ao centro, uma fogueira. Ômegas nuas, marcadas com tintas vermelha