— VOCÊ TRANSOU COM ELE DE NOVO?!A voz de Victor ecoou tão alto pelo quarto que provavelmente assustou a camareira no fim do corredor.Valentina revirou os olhos enquanto se jogava na poltrona, de camisola nova e um hematoma de chupão artístico no pescoço.— Victor, pelo amor de Dior, abaixa esse tom. O hotel é cinco estrelas, mas não à prova de gay escandaloso.Ele deu dois passos dramáticos até a frente dela, com o roupão entreaberto e um copo de gin na mão, como uma esposa traída numa novela mexicana.— Você sabe que esse tipo de homem não se come, Valentina. Ele não é pra carne! Ele é pra se admirar à distância, como arte em museu. ENTENDE? MUSEU!— Tarde demais, ela murmurou, encarando o teto.Victor bufou, se jogou na cama e fez o que sabia melhor:drama com afeto.— Você vai se apaixonar. Vai virar uma dessas que escuta Adele na banheira com espumante barato. Vai perder o olhar de ruiva fatal e virar… uma mocinha, Valentina. Uma mocinha!Ela gargalhou.— Eu apaixonada? Amor, eu
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