O castelo não respirava. Desde a última noite, quando o chão se tingiu de sangue e os gritos foram sufocados pela fúria do Alfa, ninguém ousava falar. Os corredores pareciam vazios, mas não estavam. A tensão preenchia cada fresta de pedra, cada sombra, cada olhar evitado. O ar carregava um peso invisível, como se todos esperassem que algo pior ainda estivesse por vir. Darian não era mais o mesmo. Depois de destruir os traidores com as próprias mãos — sem hesitar, sem mostrar misericórdia — ele se calou. Não rugiu. Não gritou. Não chorou. Apenas calou. E esse silêncio era pior do que qualquer barulho. Pior do que qualquer ameaça. Durante dias, ele vasculhou cada canto do território. Invadiu cavernas, escombros, fortalezas abandonadas. Depois partiu. Cruzou as fronteiras. Sozinho. Sem avisar. Ninguém o impediu. Ninguém teve coragem. O salão do trono permaneceu em sombras, intocado. Não houve disputa, nem tentativa de domínio. O assento sagrado, forjado pelo sangue de gerações
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