A noite parecia mais escura do que as anteriores.
A floresta, silenciosa.
Nem mesmo o farfalhar das folhas se atrevia a interromper o que acontecia ali.
Darian estava ajoelhado diante da árvore antiga. A mão ainda enterrada na terra fria, os olhos fixos no pedaço de pedra que repousava ali — o último rastro do jardim onde Selena desaparecera.
— Se você estiver viva… aguente firme — sussurrou.
E então, aconteceu.
Um calor sutil, quase imperceptível, acariciou sua pele através do tecido da camisa. Ele franziu o cenho, confuso. Levou a mão ao peito.
O colar.
O colar que carregava a pedra da lua.
A mesma que havia perdido o brilho no dia em que Selena sumiu.
A mesma que ele já acreditava ser apenas uma lembrança morta.
Agora, brilhava.
Fraco. Pulsando como um farol perdido na neblina.
E estava quente.
Não quente como metal ao sol.
Quente como toque. Como presença.
Darian se levantou de um salto. O coração disparou. O lobo dentro dele uivou baixo, inquieto. A