O tempo já não passava. Se arrastava.
Dois meses. Sessenta dias. Mil quatrocentas e quarenta horas desde que ela desapareceu. E ainda assim, Darian continuava contando como se cada segundo pudesse trazer de volta o que perdeu.
Ele tinha ido aonde ninguém mais ousaria ir.
Conversado com quem jurou nunca mais falar.
Tentado caminhos esquecidos por tempo, por dor, por medo.
E mesmo assim... nada.
Nem um cheiro.
Nem um sussurro.
Nem uma única pista que o levasse até ela.
A sala de guerra estava vazia naquela manhã.
Os mapas continuavam sobre a mesa. Rasgados, rabiscados, furados por marcas de garras. A pedra da lua — a que antes pertencera a ela — estava ali, rachada no centro, coberta por poeira. Ele não tocava nela há dias.
Darian olhava fixamente para o vazio. Os olhos acinzentados perderam o brilho. A barba crescia sem ordem. Os cabelos estavam presos de qualquer jeito. A única coisa ainda intacta era a fúria contida em silêncio.
Eleonora entrou sem bater. Era a