Maeve olhou para suas mãos, mas não as reconheceu. Em uma delas, um punhal de prata brilhava. Em seu cabo estava encrustada uma pedra negra, opaca como a do colar de Liliana.— Do sangue dos traidores virá a traição, e aqueles que hoje ferem serão feridos. Quando um deles libertar uma de nós, com sangue, o feitiço será partido.Ela ouviu as palavras saírem de sua garganta, mas aquela não era sua voz. Então, guiou o punhal até o pescoço, sabendo exatamente onde pulsava a veia jugular. Ela quis parar as mãos, mas não as controlava. Sentiu a lâmina cortar a pele e a carne, a dor irradiando, o pânico tomando conta de si, mas continuou.Sua voz, a que realmente era sua, irrompeu da garganta em um grito. Maeve estava em seu quarto, encarando as mãos que conhecia desde criança. Tateou o pescoço em busca do corte, mas só sentiu o suor frio que recobria sua pele. Estivera sonhando.Não era de se espantar. O que a mãe lhe contara no dia anterior não saíra da sua mente. Morgana Morwen se sacrifi
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