SELENACorrer com ele era estranho.Não por medo — Selena nunca temeu os lobos.Mas porque, a cada passo ao lado de Rurik, sentia-se menos separada dele… e mais parte da mesma criatura.O cheiro de mato e sangue, o som dos galhos quebrando sob os pés, o ar pesado de magia densa — tudo pressionava seus sentidos, acelerava sua pulsação, atiçava o vínculo queimando em suas veias.Ela não era tola. Sabia o que tinha feito.Ao quebrar o selo, ao chamá-lo, ao tocar sua essência... selou o próprio destino.Agora, bruxas e lobos a caçavam.E ele corria ao lado dela.Como se tivesse feito a mesma escolha.— Acha que podemos despistá-los? — ela perguntou, sem olhar para ele.— Não.A essa altura, eles sentem o vínculo.— E mesmo que não sintam, o cheiro está em você. Está em mim.— Selado na carne.Ela não respondeu.Atravessaram um vale úmido, e por um momento, tudo ficou em silêncio — até os pássaros calaram.Rurik parou de repente.Ela o imitou.— Tem algo à frente — ele disse.Selena fechou
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