A luz da manhã não trouxe paz.
Trouxe silêncio.
E o silêncio no bosque era errado.
Selena se moveu lentamente, os músculos ainda doloridos — não da batalha, mas do que veio depois.
O cheiro de terra e suor ainda impregnava sua pele, e Rurik dormia ao seu lado, o corpo nu coberto por um fino manto de folhas secas.
Ela se sentou.
E ouviu.
Nada.
Nem corvos. Nem grilos. Nem vento.
A magia antiga deixava um rastro.
E Cael tinha deixado um sulco fundo o bastante para ecoar por léguas.
Selena sabia o que precisava fazer.
Voltar ao coven.
Contar.
Mas como explicar que, após anos de silêncio, o homem que todos pensavam morto não apenas voltou, como caminhou sobre um selo de proteção ancestral e saiu andando com um sorriso na boca?
Ela vestiu-se em silêncio.
Rurik abriu os olhos quando ela calçou as botas.
— Vai fugir?
Ela sorriu sem humor.
— Nunca mais.
Ele sentou, os músculos do peito marcados pelas unhas dela.
— Vai contar a elas?
— Preciso. Cael não volta sozinho. Ele espalha o mal como sem