O clima ainda carregava os resquícios da tensão da mesa, mas ninguém comentou. A tarde avançava com uma brisa amena e um céu azul cortado por nuvens delicadas. Como era tradição nas visitas de primavera, todos saíram para caminhar pelos campos da fazenda e visitar os cavalos — um dos orgulhos da propriedade Duarte.Amanda caminhava à frente, vestindo uma blusa branca de linho e calça de montaria, o cabelo preso de forma prática, mas ainda com uma elegância natural. Seus olhos buscaram direto o pasto reservado, onde estava seu cavalo — um puro-sangue preto, forte, de porte nobre e temperamento arisco.— Ele é igualzinho a você, sabia? — comentou Augusto, vendo Amanda se aproximar do animal com firmeza e delicadeza.— É por isso que nos entendemos tão bem — respondeu ela, acariciando o pescoço do cavalo, que relinchou suavemente, reconhecendo sua dona.O cavalo, batizado de Tempestade, era um presente de José quando Amanda completou 15 anos. Um animal valioso, estimado em milhões, escol
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