— Laika, você disse que tudo e todos merecem perdão. Sinto que ele está verdadeiramente arrependido agora, e é isso que a mãe dele deseja. — Joy sussurrou em minha mente.Revirei os olhos. Meu coração era mole como argila aquecida, incapaz de armazenar rancor, sobretudo contra quem já me ajudara. Essa sempre fora minha maior fraqueza: empatia, a mania de calçar os sapatos alheios. Eu já havia perdoado MOLART fazia tempo e, naquele instante, compreendi por que nos conectáramos. Avancei um passo em sua direção, ainda curvado, ergui a mão para tocá-lo e, de súbito, hesitei. E se tudo aquilo fosse mero interesse?— Laika, consigo sentir o quanto ele se arrepende. Ele já se rendeu.Encostei a palma em seu ombro.— Sei que minha mãe não está aqui em corpo, mas o sangue dela pulsa em minhas veias, e o coração era tão puro quanto o meu. Como disse, tudo e todos merecem uma segunda chance. Eu o perdoo, inclusive em nome dos que já partiram, desde que você prometa nunca mais ser cruel.— Vou com
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