LAIKA
Mantive-me em completo silêncio após a revelação que MOLART, ou melhor, meu pai, acabara de fazer. Ele pedira que eu me dirigisse ao descampado e ali aguardasse, pois me transmitiria a própria habilidade. Eu não sabia se conseguiria assimilar algo tão intrincado em poucas horas, mas, já que ele confiava em mim, decidi confiar também.
Assim que nos reencontramos, iniciamos o combate. Ele me contra-atacou repetidas vezes. Custava-me prender a mente ao presente, pois a ideia de deixá-lo morrer martelava sem descanso.
— Laika, você não está se concentrando. Escute: sempre que lutar, não permita que nada a distraia. Precisa focar no oponente e perceber cada investida dele.
Apenas assenti. Prosseguimos por mais alguns instantes, porém eu ainda não acessava a técnica Jamba. Ao questionar, ele limitou-se a sorrir com serenidade e pedir paciência. O estilo de luta de MOLART era singular e, apesar da inquietação, sentia-me grata pelas lições acumuladas naquela noite. Depois de certo tempo,