LAIKA
Lancei um olhar irado às flores, cuidando para não encarar MOLART. Não queria que percebesse o fogo que ardia nos meus olhos, temia enfurecê-lo ainda mais. Ele aproximou-se e deu um tapinha leve no meu ombro.
— Vou inspecionar ao pôr do sol. — Anunciou, passando por mim.
Vai se ferrar, monstro, pensei.
Ele girou imediatamente.
— Disse alguma coisa?
Forcei um sorriso que nada tinha de sincero.
— Não. Farei como quiser.
Ele apenas assentiu e se afastou. Fiquei parada, imaginando arrancar aquelas flores com toda a raiva que me consumia.
“Nada é o que parece com MOLART.”
— Vai se ferrar você e o MOLART. — Murmurei à voz que ecoava na minha mente.
— Pega leve, garota. A tua ira não é nada comparada à dele. — Advertiu Joy.
— Você não vê que ele está desperdiçando meu tempo? A profecia disse que eu o derrotaria. Ainda que a raiva dele arda como fogo, morrerá pelas minhas mãos.
— A profecia falou sobre o sombrio; tem certeza de que MOLART é assim tão sombrio?
Cerrei a mente para Joy. N