Os Monstros Também Amam
Será que até os monstros podem amar… sem destruir tudo ao redor?
Anderson Silveira aprendeu cedo que alguns sentimentos, quando expostos, podem virar armas contra quem os carrega. No ensino médio, ao confessar seu amor por Samanta Palmer, a garota ruiva que parecia iluminar corredores inteiros — ele foi exposto, ridicularizado e quebrado diante de todos. A humilhação deixou marcas profundas, e algo dentro dele mudou completamente.
A partir daquele dia, Anderson deixou de ser apenas um garoto tímido. Nas sombras do próprio peito, nasceu um monstro feito de raiva silenciosa, de impulsos que ele não compreendia e de uma escuridão que jamais pediu para sentir.
Anos depois, ele se tornou um homem disciplinado, respeitado e aparentemente em equilíbrio. Mas o passado, quando não é curado, apenas se disfarça.
E o dele estava prestes a bater novamente à sua porta — na forma de Samanta.
O reencontro deles reacende tudo o que ambos lutaram para enterrar.
Agora, os dois precisam atravessar suas sombras, enfrentar o que se tornaram e decidir se é possível construir algo onde antes só havia ruína.
Porque às vezes, amar não é sobre luz.
Às vezes, é sobre reconhecer a escuridão que existe em cada um — e, mesmo assim, permanecer.