Victoria Barone é uma mulher determinada, bem-sucedida e independente. Dona de uma beleza estonteante e um charme irresistível, ela conquista olhares por onde passa — embora sua vida amorosa tenha sido marcada por decepções e um relacionamento tóxico que atrasou seus sonhos. Mas agora, livre das amarras do passado, ela está pronta para recomeçar. A chance de sua vida surge como um presente do destino: organizar o casamento dos herdeiros da poderosa e tradicional família Avelar, um dos sobrenomes mais influentes da Itália. O que Victoria não esperava era que esse trabalho abriria as portas para um mundo de luxo, segredos… e perigos. Ao bater na porta de Heitor Avelar, o magnata bilionário mais cobiçado do país e patriarca da família Avelar, determinada a cumprir sua missão, Victoria desperta algo inesperado: uma obsessão avassaladora. Heitor sempre controlou tudo e todos — menos os próprios sentimentos. Ao conhecer Victoria, ele se vê dominado por um desejo selvagem e incontrolável. Disposto a tudo para tê-la, ele enfrentará seus próprios demônios, desafiará suas crenças e romperá barreiras que nunca imaginou ultrapassar. Entre o poder, a paixão e o perigo, Victoria e Heitor embarcam em um jogo onde o amor pode ser a salvação... ou a ruína.
Leer más1 ANO ANTES...
Afastei minha bolsa do banco ao meu lado assim que Marcos chegou e se sentou no bar. Ele nem esperou eu dizer "olá". — Você só pode ter enlouquecido! — disse, dramático, como sempre. Era quase seu bordão. Se existisse um prêmio para diagnósticos não solicitados, ele teria uma estante cheia. — Me deixou sozinho com a Pilar! Você sabe que ela está completamente surtada com o casamento e quer levar a gente junto. Minha úlcera está prestes a estourar! Suspirei fundo e levei o copo aos lábios. Não sei o que pedi ao barman, apenas exigi algo "forte e doce", e ele cumpriu o pedido com perfeição. Pilar era, sem dúvida, a cliente mais insuportável que já tínhamos tido. Superstições absurdas, gosto questionável e uma energia esgotante. — Você devia agradecer por estar com ela e não comigo — resmunguei, apoiando a cabeça nas mãos. — Eu teria mandado essa mulher para o inferno junto com aquele circo que ela chama de casamento. Não quero que ninguém saiba que fomos nós... — deslizei o dedo entre mim e ele — ...os responsáveis por aquilo. — O que aconteceu? E não vem com TPM, porque nosso ciclo está sincronizado. Ri pelo nariz da piada idiota e olhei para o fundo do copo vazio. — Terminei com o Augusto. E, dessa vez, foi sério. Joguei as alianças na pia. Ele revirou os olhos, bufando. — Eu avisei, não avisei? Você desaparece toda vez que termina com aquele traste. Assim você nunca vai conseguir trabalhar direito. — É sério, Marcos. Acabou. Foram dez anos... Dez anos com ele me enrolando, sumindo por dias, voltando com flores e jantares como pedidos de desculpas. Dez anos e nunca me pediu em casamento de verdade. Só promessas vazias. — E o que ele fez agora? — Me traiu. — As palavras pesaram no ar. Marcos ficou em silêncio, o que era raro. Ele já tinha ouvido essa história antes, infelizmente. — Mais um chifre na conta da Victoria Barone. Acho que você devia entrar em contato com o Guinness. Recorde mundial de traições toleradas por uma só mulher. — Dessa vez ele nem fingiu arrependimento. Disse que a culpa era minha. Que nunca transei com ele, que essa coisa de “esperar pelo casamento” era uma besteira. — E você socou a cara dele, né? — Não. Só joguei a aliança fora e mandei ele embora. Bloqueei em tudo, joguei todas as coisas dele no lixo. Marcos me encarou, surpreso por eu ter ido tão longe. Pela primeira vez, o término parecia definitivo. Dói aceitar o fim, mas uma parte de mim sentia um estranho alívio. Pela primeira vez, eu não deixei espaço para ele voltar. — Eu sabia! — exclamou. — Vou até pagar minha promessa pra Santa Rita de Cássia. Pedi pra ela te livrar desse encosto. — Podia ter feito um feitiço dez anos atrás, né? Agora estou aqui, com trinta e quatro anos, virgem, solteira, sem perspectiva de casamento... O silêncio pairou entre nós por um segundo. — O triste não é estar solteira aos trinta e quatro — disse ele. — O triste é estar comprometida com alguém que nunca te valorizou. Assenti devagar. A verdade era que eu me acomodara. Tinha medo de sair da zona de conforto, e Augusto usava isso a seu favor. Sabia manipular, chantagear, até ameaçar se machucar para me fazer voltar. — Você ficou com ele por preguiça — continuou Marcos, implacável. — Preguiça de conhecer alguém novo. Eu te apresentei advogados, empresários, escritores... Mas você preferiu o mais barato, mais prático, mais disponível. O pior. — Eu não queria luxo. Nunca liguei pra presentes caros. Posso me dar tudo sozinha... — Mas isso não significa que ele não deveria te dar! Ele tinha dinheiro, mas não queria gastar com você. Porque achava que você não valia o investimento. Fechei os olhos. Era verdade. O anel de noivado era simples, os jantares medíocres, os presentes vinham de lojas de departamento. E mesmo assim, eu ficava. Por medo de estar sozinha. Por me agarrar a um sentimento morto. — Você merece mais, Victoria — disse ele, suavizando o tom. — Merece alguém que te queira tanto que queira casar em um mês. Que te veja como uma urgência. — Isso seria insano... — murmurei, tentando rir. — Quem casa em um mês? — Louco é passar dez anos esperando por alguém que nunca quis casar com você. Eu não consegui mais segurar. As lágrimas começaram a rolar. Marcos me abraçou e eu me permiti chorar pela última vez por Augusto. — Esse homem não vale nem esse porre. Brinda comigo, Victoria. Pela sua liberdade! — Barman, duas doses de vodka. — Levantei o copo no ar e sorri. — À liberdade de Victoria Barone. — À sua liberdade! — repetiu ele, brindando comigo. AGORA... SICÍLIA, ITÁLIA – 14:37PM Estacionei a suburban branca diante da imensa escadaria da mansão Avelar. Ela era tudo que eu jamais imaginaria ver de perto: imponente, clássica, luxuosa. Cada detalhe gritava riqueza. Ao sair do carro, meus saltos Yves Saint Laurent ecoaram sobre a pedra polida. E, pela primeira vez, me senti mal vestida. Nem minha melhor roupa valia tanto quanto um dos vasos do jardim. Duas semanas antes, um presente dos céus chegou ao meu escritório: a responsabilidade de organizar não um, mas dois casamentos da poderosa família Avelar. Os irmãos Lucca e Lorenzo Avelar decidiram se casar quase ao mesmo tempo — uma coincidência quase suspeita, ainda mais porque as noivas, Rubi e Safira, são irmãs. Tudo parecia uma união de clãs digna de novela italiana, mas segundo elas, foi amor à primeira vista. Safira, a mais jovem, vive agora nesta mansão com o noivo Lucca, sob tutela de um tio severo: Heitor Avelar. Hoje, estou aqui porque organizar o casamento de Safira tem sido... complicado. Lucca parece controlar cada passo da noiva — onde ela vai, com quem, por quanto tempo. Se ela não pode ir ao escritório, então eu vim até ela. Desliguei o tablet e encarei Safira, sentada à minha frente com olhos ansiosos. — Nenhum dos lugares te agradou? — perguntei com delicadeza. Ela balançou a cabeça, envergonhada. — Não é que não tenha gostado... É que todos parecem tão grandes, intimidadores. Me sinto perdida só de imaginar aquele monte de gente me olhando, comentando tudo na mídia como se fosse um evento, não o meu casamento. Safira é doce, delicada e frágil. Mal completou dezoito anos. O amor por Lucca é real, mas existe algo em seu olhar... uma insegurança que me preocupa. Ainda assim, ela parece feliz. Só precisa de apoio. — Tudo bem — sorri com calma. — Este é o seu dia. Não precisa agradar ninguém além de você mesma. Podemos reduzir a lista de convidados. Quem disse que precisam ser seiscentos? — Mas... e se ficarem chateados? — Quem? Seu tio? O Lucca? Ela hesitou. — Não pense nisso agora. Se eles te amam, vão respeitar sua vontade. E quanto ao local... por que não aqui? Ela arregalou os olhos. — Aqui? Na mansão? — Claro! Tem jardim, salão... E o melhor: você se sente confortável aqui. — Seria perfeito... — murmurou, mas logo desanimou. — Mas Lucca disse que o pai dele não gosta de eventos na casa. Não autoriza nada. Um casamento seria... invasivo demais. Sorri com determinação. — Então vamos conversar com ele. Ou com seu tio. Se esta casa é o seu lugar dos sonhos, será aqui. Ou não me chamo Victoria Barone. Ela arregalou os olhos, esperançosa. — Acha mesmo que vai conseguir? — Eu vou conseguir. Esse é o seu grande dia, e ele será como você quiser. Safira sorriu, tímida, mas genuína. Eu podia ver nela uma versão mais nova de mim mesma — com medo, insegura, querendo fazer tudo certo. Mas desta vez, eu seria a mulher que eu teria querido ao meu lado: determinada, profissional e empática. — Agora, vamos falar de flores. — Liguei o tablet novamente. — Temos muito trabalho a fazer.Heitor por muitos dias me desregulou, e agora estar bem com ele é como ter tudo em ordem, aquilo que eu não sabia que sempre esteve errado.Seus lábios procuram o meu como se sua vida dependesse disso e os sugam como se fosse o mais doce elixir da vida. Não sei quando ele me prensou contra parede, já que estou tão entregue ao seus toques e o que ele decide fazer com meu corpo que apenas me deixo ser guiada, completamente inerte no prazer. Suas mãos se enchem com a carne farta de minha bunda e apertam com força. - Eu estou cheirando a álcool...- murmuro ainda meio inebriada pelo beijo e pelas doses que tomei antes dele chegar que agora funcionam como gasolina em meu corpo incendiado por sua chama ardente.- Então vai ter que fazer mais do que só dormir comigo.- Não me provoque assim, senão todo o esforço de se manter virgem até agora vai por água baixo em apenas uma noite. - desce beijos de língua por meu pescoço, deixando chupões.- Por você vale a pena...- balbucio. - Mas você é um
P.O.V VICTORIA Suspiro ofegante, me levantando do sofá e procuro o que restou das minhas roupas íntimas, as vestindo. Heitor não me largou desde que começamos a nos beijar e seus braços me manteram cativa contra seu corpo horas desde então, como se temesse que eu fosse fugir ou que fosse apenas fruto de sua imaginação. Não vou negar que gostei disso, que queria continuar presa a ele para garantir que fosse ser assim para sempre, que ele realmente quer se casar comigo e que não entrará em mais um surto bipolar.— Como se sente sabendo que eu sou virgem? - cruzo os braços sorrindo com minha própria provocação. Se eu dissesse que não quero ver a vergonha e arrependimento estampado em seu rosto por tudo que me acusou, eu estaria mentindo.— Aliviado de não ter que matar todos os homens que já tocaram em você. - Responde sem pensar duas vezes, e mais uma vez me vem a realidade de que Heitor Avelar não é o tipo de homem dado a pedir desculpas, mesmo que esteja errado. Ele é muito convicto
Victoria BaroneEle abre o zíper de sua calça, se livrando da mesma e sua cueca branca marca o volume de sua enorme ereção que logo salta quando a cueca é retirada.Heitor Avelar não deixa a desejar em nada...seu tamanho e grossura me assustam e excitam na mesma medida, sentindo vontade de ter em minha boca todo seu cumprimento e lamber as veias saltadas espalhadas pela extensão rosada. Eu arfo apenas com a visão. Na mesma facilidade de sempre, ele rompe as costuras e rasga o tecido da minha roupa como se fosse papel quando decide que agora é minha vez de ficar nua para ele. Me sinto ainda mais encharcada, o que faz com que eu aperte as coxas. Em segundos meus seios estão livres ao serem libertos do sutiã e o volume dos mesmos salta com violência do bojo direto para a boca quente de Heitor, que chupa, lambe e aperta, estimulando. A linha tênue entre a dor e o prazer quase me derrubando do topo. - Posso não ter sido o primeiro mas serei o último a estar dentro de você. - sua posses
VICTORIA BARONE Eu conheci um homem esses tempos...- começo e agora seu rosto que antes estava vermelho, está pálido. - E eu ele somos muito diferentes, em tudo...- Passo a língua pelos lábios secos. - é inexplicável o que sinto por ele em tão pouco tempo... é torturante, a forma que ele me trata, o que ele pensa de mim e como eu simplesmente não consigo ficar longe dele mesmo que eu queira ou tente. - suspiro e engulo a saliva. - Eu não acreditava em amor a primeira vista...não até acontecer comigo. Agora eu sei que eu faria qualquer coisa por ele, faria o que ele quisesse e me entregaria completamente e somente a ele.- você ama outro? É por isso que não me quer. Seguro as lágrimas e aperto os lábios, sabendo que minha voz vai sair embargada.- Desperdicei anos em um relacionamento e nunca senti pelo meu ex o que sinto por esse homem em tão pouco tempo, não dei nada que daria a ele. - fecho os punhos. - E agora ele está a minha frente mais uma vez oferecendo comprar o que ele não
P.O.V VICTORIA SICÍLIA, ITÁLIA 23:55PMO barulho da geladeira é o único som que se faz na cozinha escura que, só não está totalmente sumida na sombra porque a luz externa do jardim e da lua coberta parcialmente por nuvens acinzenta o cômodo.Em pé com as costas apoiadas na bancada da pia eu encaro o copo de água com uma pedra de gelo quase completamente derretida, e é isso que me faz notar a quanto tempo estou parada encarando-o sem de fato, beber a água.Heitor falava sério quando disse que agora, não dormiriamos nem eu e nem ele, na verdade, eu só posso falar por mim porque não sei se ele realmente está acordado agora assim como eu, que deveria acordar disposta amanhã no mais tardar às sete horas da manhã. Mesmo que eu esteja com medo dele surtar completamente e mandar me matar seja lá por qual motivo ele acha que tenha, também fico frustada. Sempre que alguma movimentação por mínima que seja, faz meu coração desparar, como o estalar dos móveis de madeira, o cachorro do vizinho l
VICTORIA BARONE — Já viu o que aconteceu com seu amante ,não é? - Sua risada sombria anasalada soa pelo telefone, passando todo seu orgulho e divertimento misturado com seu ciúme. —E teve o que mereceu e agora está no inferno, é o lugar dos pecadores após cometer o mais de todos, cobiçar a mulher do próximo, a minha mulher. Eu não espero punição Divina para este erro. — Eu não tenho amante, Heitor. - quase bato o pé quando respondo em um tom exaurido.— Não tem mesmo... Agora ele está morto.— O que você fez com ele foi....brutal. Como tevea coragem?...isso é horrível, é desumano, injusto! — Se lembre disso toda vez que deixar outro homem se aproximar de você, você é minha! E de ninguém mais...— E você nunca me perguntou se eu concordo com isso, e quando eu cheguei perto de concordar eu descobri seu segredo sujo. No meio do caminho ainda teve sua amiga íntima dando a entender que vão se casar. Eu não sou amante....— Já disse que não é nada do que está pensando e já expliquei m
Último capítulo