Lucas acordou no chão da sala, suando frio. O mundo parecia girar ao contrário. Havia vomitado ao lado do sofá, tremia como uma criança assustada. O celular estava em sua mão, com a foto de Luana ampliada na tela. A imagem que ele havia capturado escondido enquanto ela saía do supermercado, distraída. Sorria para alguém do caixa. Um sorriso que não era para ele.
Ele gritou. Um grito rouco, abafado, de fúria e desespero.— Por que não posso... só... falar com você? Por que não posso...Tremeu, com os dedos prensando o couro cabeludo. Lágrimas desceram sem controle. Ele não conseguia respirar direito. O peito apertado. O ar preso. Outro ataque.Levantou-se cambaleando, jogou água no rosto, fitou o espelho rachado do banheiro. O reflexo parecia um estranho. As olheiras profundas, os olhos vermelhos, os lábios trêmulos. Tudo nele gritava colapso.Luana. Sempre Luana. E agora... a polícia.---No apartamento de Luana, du