O som da chuva batendo contra a vidraça era a única coisa que preenchia o silêncio na pequena cafeteria do centro. Luana estava sentada, olhando pela janela como se esperasse que Eduardo surgisse ali, no meio da névoa. O desaparecimento dele já completava cinco dias, e nenhuma pista havia surgido. Nicole, sentada à sua frente, tentava confortá-la com palavras suaves, mas o olhar distante de Luana revelava que nada mais fazia sentido.
Lucas observava.Sentado em outra mesa, escondido por um jornal estrategicamente aberto, ele escutava cada palavra. Nicole falava sobre esperança, dizia que Eduardo era um cara espontâneo, que talvez tivesse simplesmente sumido por vontade própria. Luana, em silêncio, afundava na própria culpa, sentindo que algo estava errado — algo além da compreensão.A dor dela era uma música para os ouvidos de Lucas. Não por prazer, mas por necessidade. Ver a fragilidade se abrir na mulher que ele amava lhe dava propósito. E agora, um novo