Ecos da Criação

Capítulo 110 — Ecos da Criação

A chuva caía fina sobre a cidade.

Cada gota parecia um lembrete silencioso de tudo que havia sido perdido — pessoas, sonhos, promessas.

Helena observava o céu cinzento pela janela do pequeno apartamento onde estavam escondidos.

As sombras da noite se misturavam às lembranças que ela tentava apagar.

Miguel estava na cozinha, terminando de preparar café.

O cheiro se espalhava pelo ar, quente e amargo.

Ele olhou para ela, com um olhar cansado.

— Não dormiu de novo?

Helena balançou a cabeça.

— Não consigo. Toda vez que fecho os olhos, vejo o rosto dele… ou o que restou de Iris.

Miguel se aproximou, entregando-lhe a xícara.

— Você não pode carregar isso sozinha, Helena.

Ela tomou um gole, sentindo o líquido queimar a garganta.

— Eu não tenho escolha. Ele voltou. E agora, está mais perto do que nunca.

Ela colocou a xícara sobre a mesa e abriu o laptop.

Na tela, linhas de código e registros piscavam.

— Eu consegui rastrear um sinal. Uma transmissão criptografad
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