Capítulo 109 — O Retorno do Criador
O laboratório estava em ruínas, a fumaça ainda subia entre os escombros.
Helena e Miguel caminhavam lentamente até o carro, os corpos feridos, as roupas cobertas de fuligem.
O silêncio era quase ensurdecedor, e a única coisa que se ouvia era o som do mar distante — calmo, irônico, indiferente ao caos.
Miguel olhou para Helena.
— Ela não era humana, não completamente. Você viu os olhos dela no fim? Pareciam… vazios.
Helena respirou fundo. — Não, Miguel. Ela era humana, mas sem alma. E isso é o pior tipo de monstro que existe.
Enquanto o carro se afastava daquele lugar, quilômetros dali, Caio observava tudo através de uma tela.
Os sensores do laboratório haviam transmitido os últimos segundos da batalha — o confronto, o colapso das máquinas, e o clarão da explosão final.
No rosto dele, o reflexo das chamas parecia um sorriso distorcido.
— Então é isso, Iris… — murmurou, passando os dedos pelos cabelos negros. — Você falhou.
O som de passos o interromp