Lívia
- Eu quero que me aceite... inteira.
— Isso... não é justo, Lívia — murmurou, apertando o meu pulso um pouco mais, como se isso pudesse mantê-lo firme — Você diz isso como se fosse simples, como se nós não fossemos irmãos. Como se meu lobo não quisesse arrancar a garganta do Antero quando sente o seu cheiro nele.
Ele não recuou. Ao contrário. Deu um passo a mais. E agora nossos corpos estavam colados, o calor do cio, do vínculo e da escolha impossível queimando entre nós.
— Eu não disse que era simples, Amiel — minha voz era um sussurro firme, perigosamente sensual.
Ele se afastou.
Um passo. Dois.
Mas eu senti. A tensão no maxilar. O fogo nos olhos. O desejo que ele tentou controlar — e falhou. Amiel podia tentar bancar o lobo racional, mas o corpo dele gritava pelo meu. O lobo dele urrava meu nome.
Sorri. Lenta. Maliciosa.
— Vai mesmo sair andando, Amiel? — minha voz saiu baixa, com a ponta de um veneno
Ele parou.
O corpo tenso. O punho fechado. Mas não s