Depois de mais uma longa temporada lutando contra renegados em nome do rei, voltei ao castelo cercado por lobos em êxtase, celebrando a vitória como se a guerra nunca tivesse deixado cicatrizes. Eles riam, bebiam, contavam histórias e cantavam canções de glória. Mas eu, mesmo em meio àquela multidão barulhenta e eufórica, sentia-me terrivelmente só. Sentado à mesa central com uma caneca cheia de cerveja, escutava em silêncio as bravatas dos soldados, fingindo interesse. Meus olhos vagavam pelo salão até cruzarem com os do beta do rei. Ele fez um discreto sinal com a cabeça, e, com um suspiro, me levantei e o segui por entre cadeiras empurradas e vozes soltas. – Houve um tempo em que você comemoraria por semanas – disse ele, com um sorriso contido. – Mas um lobo ainda precisa ter uma vida, um lar para onde voltar... Não é, Antero? Ah, ele ia tocar nesse assunto de novo. O mesmo de sempre. Eu estava prestes a completar trezentos anos. Três séculos de batalhas, conquistas, perdas... e

— Minha! — rugia Sion em minha mente. Ele estava frenético. Meu lobo era exigente, ciumento, nunca se satisfazia quando eu buscava alívio em outras fêmeas. Agora, enfim, ele teria paz. O cheiro dela — pimenta rosa e chocolate amargo — me entorpecia, cada vez mais intenso, mais viciante, invadindo meus sentidos como uma tempestade quente. Era como se o universo tivesse conspirado para entrelaçar nossos caminhos, e agora que ela estava ali, tudo em mim clamava por completude. — Companheira... — murmurei, enfim, em voz alta. Meu corpo incendiou por dentro, e a palavra saiu como um voto sagrado. Dei dois passos em sua direção. Ela parecia confusa, sim, mas seus pés não se moveram, seus olhos não desviaram dos meus. A peguei nos braços com facilidade, com reverência, como se carregar um pedaço do destino em carne e osso exigisse cuidado e desejo ao mesmo tempo. Levei-a até meus aposentos, onde minha alma e meu corpo esperaram séculos por ela. Ao tocá-la, uma onda de eletricidade percorre

Antero: Meu lobo a sentiu ir embora e começou a uivar, chorar e arranhar em minha cabeça eu dei um uivo tão forte que acho que acordei a matilha inteira, invadiram meu quarto os meus lobos seguidos do meu irmão que já veio se transformando e com os olhos vermelhos sangue achando que eu tinha sido alvo de algum tipo de ataque inimigo mas eu os conhecia bem o suficiente para saber que eu seria chacota deles por um bom tempo. eu resmunguei silenciosamente e comecei a explicar o que se passou que tinha achado minha companheira destinada que ela simplesmente me abandonou e que o meu lobo estava me matando. Que passamos a noite bem que pela manhã eu descobri que tinha sido usado e abandonado ou será rejeitado? Rejeitado ainda não porque ainda sentia a ligação entre nós... -Mas nenhuma loba em toda nossa matilha Faria tal coisa elas se jogam aos seus pés você é o gama real! -Devia ser uma das convidadas. falei levantando e indo em direção ao meu guarda-roupas abri a porta e peguei uma d

Lívia Desci a cena me parecia um tanto pitoresca, meu pai tinha as mãos atrás das costas em uma postura rígida, mas não olhava o macho, olhava através da janela, minha mãe Lêda, olhava de um para o outro nervosamente enquanto servia um café ao nosso visitante, com um sorriso discreto no lábios, será que eu era adotada pois minha mãe pelo visto não via a hora de me acasalar, ela e daquelas que pensam que o papel de uma luna e sagrado e blá, blá, blá sinto dó, no dia que o Leon tiver sua Luna... -Boa tarde...-o macho me olha bebendo tranquilamente seu café com um olhar de um gato quando vê um ratinho para brincar, e se levanta- Meu pai se vira da janela e vejo o motivo de Leon subir pra me avisar, no meu quintal, havia uma orda de machos prontos para uma luta. -Livia esse e o Antero e ele alega ser seu companheiro... me olha com aquele olhar inquisitivo e solta em minha mente pois somos ligados com toda nossa matilha, que todos os nossos machos estão prontos para lutar caso eu me

Lívia: Deusa eu devia está enlouquecendo eu trouxe um lobo de quase dois metros para o trabalho. lobo teimoso, e mandão! Eu quase senti pena dele ontem, quase, quase! Mas já passou. Todos olhavam pra nós dois quando passávamos, que vergonha. Minha noite tinha passado de quase prazerosa para um lobo enfurecido saindo correndo, e uma Lycan furiosa, desejosa e deprimida, e aquele bruto me fez ver que eu estava sendo cruel com a minha Lycan, na verdade eu não tinha parado muito para pensar que talvez ela desejasse os filhotes dela afinal uma loba ou uma Lycan são extintos puro, eu tinha esquecido que a Nix, tinha o seu próprio temperamento e vontades e realmente vai fazer bem para ela poder sentir o cheiro do Antero e do companheiro dela, só por isso cedi, talvez também seja pelo vermelho que vem nos olhos dele com seu lobo quase aflorando quando ele voltou da caminhada era um Antero diferente, eu achava que ele não se preocupava com nada nem ninguém mas ele sabia das necessidades do l