Amiel
Ela o provocou como quem acende um fósforo num celeiro cheio de feno seco. Riu, sussurrou, deixou o cheiro do cio pairando no ar como um convite silencioso — e saiu, como se não tivesse incendiado tudo dentro dele.
Mas não sou feito para assistir de longe.
não sou feito para ser provocado e fugir.
E muito menos para perder.
O que nasceu naquela noite foi mais que um desejo.
Foi uma guerra entre instinto e honra.
Entre o homem que ela mal conhecia… e o lobo que não aceitaria viver sem ela.
E quem cruzou aquele corredor foi a fera , guiado pelo cheiro dela, havia apenas um destino possível:
Marcar o que sempre foi seu.
Ele não pediu permissão.
Porque lobos não pedem.
Eles sentem, tomam... e marcam.
Ela acha que pode brincar com fogo.
Provocou, fugiu, deixou o cheiro do cio no ar como armadilha.
Mas eu não sou apenas homem — sou fera.
E feras não sabem recuar quando sentem o gosto da fêmea destinada.
- Você não deveria está aqui...
- Mas estou..