Marco se virou de imediato, o maxilar travado.
— Alguém?
— Eu não sei quem, mas… ela fez uma pausa calculada — Ela saiu ontem a noite e quando voltou havia um perfume...não parecia seu.
Marco respirou fundo, tentando conter o impulso de gritar. A menção o atingira em cheio.
— Se ela estiver se encontrando com alguém…
— Eu posso descobrir quem é, se quiser. Ofereceu Margaret, inclinando levemente a cabeça, os lábios se curvando num sorriso doce. — Basta me dizer o que quer que eu faça.
Ele a observou em silêncio por alguns segundos. A desconfiança misturada à fúria faiscava em seu olhar.
— Não faça nada. Ainda. Pegou o paletó e o jogou sobre o ombro. — Eu mesmo vou até o hotel.
Margaret o observou sair, os olhos faiscando de triunfo. Assim que a porta se fechou, ela se virou para o espelho na parede, ajeitou uma mecha solta de cabelo e sussurrou:
— Boa sorte, querida irmãzinha. Vai precisar.
Marco entrou no elevador, o reflexo distorcido de seu rosto no aço inoxidável parecia o re