Angeline fechou a porta do quarto com um suspiro pesado. Sentou-se na beira da cama e tirou a mochila dos ombros, atirando-a no chão. Um barulho metálico ecoou.
Ela franziu o cenho, abaixou-se a bolsa estava aberta. Dentro, encontrou uma arma, bem menor do que a que havia devolvido a Dante. Uma Beretta compacta, de cabo de madrepérola, com um anjo entalhado no metal prateado.
Angeline ficou olhando para a arma por alguns segundos, o coração acelerado.
“Em que momento isso foi parar na minha bolsa?”, pensou.
As mãos trêmulas pegaram o celular. Discou o número dele e começou a andar pelo quarto, nervosa, como se esperasse vê-lo surgir do lado de fora da janela.
— Já está com saudades? A voz dele soou do outro lado, grave, serena, quase debochada.
— Você... Ela hesitou, a respiração curta. — Você colocou isso na minha bolsa?
— Sim. Respondeu ele, como se fosse a coisa mais natural do mundo. — Não sei por que pegou a minha, mas imaginei que teme algo. Essa é mais leve... e mais fácil de m