Enquanto isso, Amália na cozinha guardava a pequena bolsa, seu peito doía, mente girando. Não sabia o que fazer, para onde ir, nem com quem contar. Por muito tempo vivera nas ruas, fugindo de Marta e Carlos, mas agora aquela vida parecia impossível.
Ela colocou o avental e começou a ajudar Henrico a lavar alguns vegetais.
— Eu… Começou, hesitante.
Henrico olhou para ela, olhos levemente vermelhos.
— O que aconteceu? Perguntou, preocupado.
Amália não conseguia encará-lo.
— Você disse que se eu precisasse, você me ajudaria…
— Nada mudou. O que aconteceu? Ele te fez mal? Henrico perguntou, parou o que estava fazendo para olhar para ela.
— Não, ele apenas gosta de outra pessoa, e eu não quero atrapalhá-lo. Disse Amália, voz quase sumindo, cravando ainda mais o espinho em seu coração ao dizer aquelas palavras.
— Me diga como posso te ajudar. Perguntou ele, tocando levemente os ombros dela.
— Não tenho dinheiro, nem para onde ir. Respondeu de uma vez.
Henrico a olhou com pena, pensando ráp