Glauco deixou a cozinha após recolher os pratos. Olhou para o celular, em dúvida se deveria contar a Laerte sobre o possível paradeiro de Natália. Conhecia bem o temperamento do irmão — Laerte era impulsivo, explosivo. Poderia cometer uma loucura e colocar todo o esquema em risco.
Subiu a escada com passos hesitantes. Resolveu esperar por mais notícias, algo mais concreto, antes de tomar qualquer decisão.
Amália já havia se deitado. Seu corpo ainda parecia estranho, um gosto amargo na boca, a cabeça pesada. Fechou os olhos, desejando que aquele mal-estar passasse logo.
Glauco entrou no quarto e a viu deitada, encolhida sob os lençóis.
— Você não parece bem. Vou chamar um médico, ou te levar ao hospital? Disse, preocupado.
— Não... vai passar. Acho que comi algo que não fez bem, ou talvez eu vá ficar gripada. Não é nada demais. Respondeu ela, com voz suave.
Glauco assentiu, mas sua preocupação persistia.
Amália ficou em silêncio até adormecer. Glauco permaneceu ao seu lado, vigiando se