Sinopse Eu não sabia que minha família tinha uma rixa de gerações com outra família. Eles não tinham escrúpulos, matavam uns aos outros sem se importar se seus alvos eram crianças, mulheres ou os mais velhos. O único objetivo era eliminar as pessoas com o sobrenome rival, Mancini e os Giordano. Não importava se você fazia parte do negócio sujo, todos seriam um alvo, e foi por conta dessa rivalidade que minha vida virou um inferno. Giovanni era lindo e despertou em mim algo que nunca imaginei sentir, mas o problema era que ele era um Mancini e não sentia nada por mim além do desejo de vingança. Meu pai, o ultimo Giordano, achou que tinha eliminado o ultimo Mancini, Giovanni, porém, anos depois ele voltou para vingar a morte de sua família, a esposa gravida que tanto amava, e para isso ele tinha que matar a mim e a meu pai, no entanto, seus planos mudaram e eu nem sabia o porquê, ao invés de me matar, assim como fez com o meu pai, Giovanni me levou com ele, para um lugar desconhecido, onde ele poderia fazer o que quisesse comigo e eu estava presa, vulnerável a ele.
Leer másMeses depoisO grande dia finalmente se aproximava. O momento que, por meses, povoara os sonhos e temores de Adam e Júlia. O bebê estava prestes a nascer.Adam estava inquieto. Nunca passara por algo assim. Sentia-se completamente despreparado, tomado por um nervosismo que beirava o desespero. Em contrapartida, Júlia parecia surpreendentemente calma. Apesar das contrações que já começavam a se intensificar, ela mantinha a serenidade.- Respira, Adam. Vai dar tudo certo. Só precisamos ir para o hospital. - disse ela, com uma expressão firme, mas tranquila.Enquanto ela falava, Adam corria de um lado para o outro pela casa, tentando reunir tudo o que haviam separado para a maternidade: malas, documentos, mantas, lembrancinhas. Era um caos cômico. Júlia, mesmo entre contrações, riu baixinho ao vê-lo tão atrapalhado. Pegou calmamente as chaves do carro e caminhou até a porta. Adam surgiu no corredor, carregando as sacolas.- Como você consegue estar tão tranquila? - ele perguntou, quase i
Dentro da casa de veraneio, Júlia permanecia em silêncio, sentada diante do grande espelho, o coração acelerado e as mãos úmidas de suor. Do lado de fora, tudo já estava pronto. O campo se estendia, pontuado por cadeiras elegantemente alinhadas, flores brancas e tons pastel emoldurando o altar. Convidados murmuravam em expectativa. Adam a aguardava, de pé, em frente ao arco decorado, envolto pela brisa leve daquela tarde dourada.Um aperto no estômago lhe lembrava que o grande momento estava próximo. Foi quando Alice se aproximou, segurou sua mão com ternura e disse, em tom sereno:- Eu sei que está nervosa agora, mas tudo vai acontecer como deve ser. Respire fundo, olhe para ele e apenas... vá. O resto vai se encaixar.Júlia abraçou a amiga com força.- Obrigada por tudo, Alice. Sei que, se não fosse você e Giovanni, nada disso teria acontecido. Eu e Adam talvez nem tivéssemos se conhecido. Houve erros... mas eu não mudaria nada se o final fosse esse.Alice desviou o olhar, tentando
O sol lançava seus raios dourados sobre o extenso campo da casa de veraneio, onde tudo estava preparado para o grande dia de Júlia e Adam. O céu azul parecia pintar um cenário celestial, enquanto a brisa leve fazia as flores do altar dançarem suavemente. As árvores altas ao redor projetavam sombras delicadas sobre os bancos de madeira perfeitamente alinhados, onde os convidados já começavam a se acomodar, trocando sorrisos e cumprimentos.Adam, de pé junto ao altar, usava um smoking preto impecável. Por fora, estava elegante, sereno. Mas por dentro, um redemoinho de emoções tomava conta de si. Nervosismo. Ansiedade. Amor. Era um homem que sempre acreditara que o destino não lhe reservaria uma família. Seu passado difícil, repleto de silêncios e ausências, o fez erguer muros altos ao redor do próprio coração. Mas então, Júlia surgira - e com ela, tudo mudara.Enquanto contemplava a decoração delicada, as flores brancas e lilases misturadas em arranjos finos, Adam foi tirado de seus pen
Julia e Alice estavam em plena missão: encontrar o vestido de noiva ideal. O casamento se aproximava com a rapidez de um piscar de olhos desde que Adam, surpreendendo a todos, havia anunciado a data - e isso significava que cada segundo agora contava. Felizmente, Alice, em sua empolgação contagiante, parecia ter assumido o papel de madrinha organizadora com total dedicação. Ela já havia contratado uma equipe inteira para cuidar do noivado e, como se não fosse suficiente, providenciou até um avião particular para trazer os parentes de Julia diretamente do Brasil.Apesar da ajuda inestimável da amiga, Julia estava com o estômago embrulhado de ansiedade. A felicidade era real, mas o nervosismo não ficava atrás. Ao adentrar a luxuosa loja de vestidos de noiva - um ambiente digno de filmes românticos, com lustres de cristal cintilando, sofás de veludo branco e araras repletas de vestidos de alta costura - Alice brincou com o tom irônico que lhe era típico:- Achei que você queria se casar
Eu estava radiante. Ainda tomada pela emoção do pedido de casamento de Adam, mal conseguia me concentrar nos detalhes enquanto me arrumava. Escolhi um vestido vermelho elegante, justo na medida, que valorizava meu corpo sem exageros. Meus cachos estavam soltos, caindo com naturalidade sobre os ombros, e optei por uma maquiagem suave - apenas um batom vibrante realçava meus lábios e refletia a intensidade do momento. Era o dia em que meus pais conheceriam Adam. O dia em que tantas histórias encontrariam seu ponto de encontro.Absorvida em pensamentos, nem percebi quando Adam entrou no quarto. Quando levantei os olhos, ele estava parado ali, me observando com a expressão de quem admira algo precioso, único.- Você é a mulher mais linda do mundo - ele disse, com um sorriso nos lábios e aquele olhar que sempre me desmontava.Um sorriso escapou do meu rosto. Aproximei-me, passei as mãos pelo seu pescoço e respondi com um tom divertido:- Não exagere. Eu não chego nem perto das supermodelos
Enquanto o avião dos meus pais se aproximava do aeroporto, meu coração batia com tanta força que parecia ecoar por todo o meu corpo. Uma mistura arrebatadora de ansiedade, saudade e felicidade me envolvia. Eles estavam prestes a chegar. Meus pais - pessoas simples, trabalhadoras, que sempre fizeram o possível para nos dar uma vida digna e cheia de amor - enfim pisariam em Londres, a cidade que me acolheu e transformou.Durante anos, sustentaram nossa família com sacrifício e união. Primeiro, foi meu irmão, Daniel, quem se mudou para cá. Depois, eu segui o mesmo caminho, cheia de sonhos e medo. E foi aqui, nesse solo frio e distante, que conheci Adam. Cinco anos se passaram desde nosso último abraço... e agora, além do reencontro, eu tinha uma grande novidade para dividir: eles conheceriam o homem da minha vida - e descobririam que, em breve, seriam avós.Enquanto meus pensamentos corriam soltos, observei Adam agachado diante de uma caixa aberta, organizando objetos que eu havia trazid
Eu estava sentada perto do balcão da cozinha, com os cotovelos apoiados na bancada e as mãos entrelaçadas, tentando acalmar a inquietação que dançava no fundo do meu peito. Os pensamentos vinham e iam como ondas: a chegada do bebê, a visita dos meus pais, o futuro incerto... tudo se misturava em uma maré de ansiedade. Estávamos na casa de Alice e Giovanni - uma mansão imponente, rodeada por um vasto gramado verde e árvores altas que se balançavam com a brisa da tarde. A decoração era acolhedora, cheia de detalhes elegantes e femininos que revelavam o toque carinhoso de Alice.Ela estava na cozinha, preparando um chá de camomila, com a leveza de quem conhecia bem os momentos em que eu precisava de algo quente nas mãos e uma escuta amiga. Tentei sorrir, mas minha voz saiu trêmula:- Meus pais me cobram por isso há anos... E agora que finalmente vai acontecer - vou apresentar o Adam a eles - eu estou grávida.Alice sorriu com doçura, enquanto despejava a água quente na xícara com movimen
Acordei naquela manhã com o coração acelerado, como se ele soubesse que algo muito importante estava prestes a acontecer. Era o dia do nosso primeiro ultrassom - o dia em que veríamos pela primeira vez o pequeno ser que crescia dentro de mim. Um misto de animação e nervosismo vibrava no meu peito, e enquanto me sentava na cama, um sorriso se formava sem esforço no meu rosto.Ao meu lado, Adam também havia despertado, mas ao contrário de mim, parecia em guerra com os próprios pensamentos. Seus olhos estavam mais sombrios que o habitual, e ele balançava a perna incessantemente, como se estivesse prestes a enfrentar um campo de batalha. Era curioso - aquele homem forte, sério e tão seguro de si, agora parecia um menino assustado diante do desconhecido. Toquei suas mãos, tentando transmitir através da minha pele tudo o que sentia por ele: calma, carinho, confiança. Ele me olhou como se se ancorasse ali, naquele instante.A caminho da clínica, o silêncio entre nós era confortável, ainda qu
Ao cruzar a porta do apartamento de Adam, fui invadida por uma sensação de paz e familiaridade que há muito tempo não sentia. Era como se, ao pisar ali novamente, algo dentro de mim se realinhasse. A saudade daquele espaço, dos momentos compartilhados, do cheiro dele... tudo retornava de uma vez, preenchendo cada canto do meu coração.Mas agora, tudo era diferente. Mais intenso. Mais real. A chegada do nosso bebê dava um novo significado àquele lar. Eu estava animada - quase eufórica - com a ideia de construirmos uma vida juntos, como uma verdadeira família. Cada passo ao lado dele parecia o início de uma aventura que, apesar de incerta, já era profundamente especial.Pensava nos meus pais, no Brasil. Em como seria contar a novidade. Meu irmão já sabia sobre Adam, e apesar da distância, estava empolgado para conhecê-lo. Meus pais planejavam vir a Londres em breve, e eu imaginava o momento em que estariam todos ali, reunidos. Seria inesquecível.Enquanto me perdia nessas projeções, obs