Meses depois
O grande dia finalmente se aproximava. O momento que, por meses, povoara os sonhos e temores de Adam e Júlia. O bebê estava prestes a nascer.
Adam estava inquieto. Nunca passara por algo assim. Sentia-se completamente despreparado, tomado por um nervosismo que beirava o desespero. Em contrapartida, Júlia parecia surpreendentemente calma. Apesar das contrações que já começavam a se intensificar, ela mantinha a serenidade.
- Respira, Adam. Vai dar tudo certo. Só precisamos ir para o hospital. - disse ela, com uma expressão firme, mas tranquila.
Enquanto ela falava, Adam corria de um lado para o outro pela casa, tentando reunir tudo o que haviam separado para a maternidade: malas, documentos, mantas, lembrancinhas. Era um caos cômico. Júlia, mesmo entre contrações, riu baixinho ao vê-lo tão atrapalhado. Pegou calmamente as chaves do carro e caminhou até a porta. Adam surgiu no corredor, carregando as sacolas.
- Como você consegue estar tão tranquila? - ele perguntou, quase i