Eu nem queria causar. Juro. Mas me sentar bem de frente pro Giovanni foi… um acidente estratégico. Um desses que o destino adora empurrar pra cima da gente, com um sorrisinho de canto e a certeza de que vai dar merda — ou muito prazer.
Ele tava ali, sério como sempre, com aquele ar de quem já matou um exército só com o olhar. Elegante demais pro tipo de trabalho que, segundo a Giulia, ele fazia "antes". Guarda-costas, motorista, segurança... sei lá. Tudo com cara de eufemismo pra "ex-mafioso reformado que agora faz ioga e planta manjericão". Eu achava graça.
Então, claro que eu precisei cutucar.
— E aí, Giovanni — comecei, mexendo no vinho devagar, como se fosse um feitiço. — O trabalho hoje foi intenso