No dia seguinte, levantei cedo. Não comi. Não tomei banho. Só vesti a mesma calça do dia anterior e prendi o cabelo de qualquer jeito. O espelho refletia uma versão minha que eu não conhecia.
Mas, pela primeira vez, eu não me importei.
Fechei a mala pequena, ajeitei a alça no ombro, e desci.
Liguei para uma empresa de transporte. Pedi um carro. Destino: Siracusa.
Eu precisava voltar pra onde tudo começou.
Pra tentar lembrar… quem eu era antes dele.
E se eu não conseguisse lembrar, pelo menos saberia onde recomeçar.
O trem ainda não tinha chegado.