Leonardo estava ofegante, o olhar carregado de urgência.
Não havia agressividade nele — apenas um homem quebrado.
— Clara… por favor. Eu não vim te machucar. Eu só… eu preciso de você. Preciso que me escute.
Clara tentou manter a postura.
— Leonardo, sai. Agora.
Ele deu um passo à frente, hesitante, quase desesperado.
— Me desculpa. Eu nunca quis que chegasse a isso. Eu só queria… — respirou fundo, a voz embargando. — Eu te amo, Clara. Eu te amei de verdade. Mesmo que tudo tenha começado errado.
A raiva e a tristeza colidiram dentro dela.
— Você destruiu minha vida!
Leonardo pareceu despencar por dentro.
— Eu sei! Eu sei… e eu faria qualquer coisa para desfazer. Mas minha mãe… — ele hesitou, e o medo real transpareceu. — Ela não vai deixar isso acabar. Ela não vai deixar você ir. Nem eu. Eu tentei te proteger… Clara, eu juro que tentei.
Um arrepio percorreu a espinha dela.
— O que você fez comigo já é imperdoável. E agora você… quer o quê, Leonardo?
Ele segurou os ombros d