Quando Clara acordou no quarto de hóspedes, o sol já começava a iluminar o espaço. Ela sabia que provavelmente Vinícius já havia saído. O distanciamento entre eles era evidente.
Ela pegou o celular ao lado da cama e rapidamente discou o número de sua mãe. Enquanto o telefone chamava, sentiu uma pontada de ansiedade.
— Oi, mãe — disse ela quando sua mãe atendeu. — Como estão as coisas? Já conseguiram avançar com a mudança?
A voz de sua mãe, cansada, mas tranquila, respondeu:
— Estamos quase terminando, Clara. Estamos só esperando o caminhão chegar com a mudança. Até o fim da tarde ele chega.
Clara sentiu um pequeno alívio em saber que seus pais estavam longe de Valença, isso a deixava mais tranquila, mas a pressão que sentia por tudo o que acontecia ainda pesava sobre ela.
— Isso é ótimo. Fico mais aliviada sabendo que vocês estão a salvo — disse Clara, tentando esconder a tensão em sua voz.
Sua mãe fez uma pausa antes de continuar.
— Filha, você está bem? Parece tão preocupada...
Clar