Ponto de vista de Mara
A notícia se espalhou rápido, mais rápido do que eu poderia imaginar. Bastou um sussurro, um olhar desconfiado, para que todo o território soubesse: os gêmeos tinham encontrado sua companheira. E, como se isso já não fosse estranho o suficiente, a escolhida não era uma loba, nem sequer uma bruxa. Era eu. Uma humana.
Desde aquele café da manhã, eu senti o peso desse título crescer sobre meus ombros. Mas nada me preparou para o que estava por vir.
— Estão vindo — foi Arthur quem me contou, sua voz calma, mas os olhos denunciando a tensão. — Alfas de outras regiões, bruxas de outros países... todos querem confirmar se é verdade.
A princípio, pensei que fosse exagero. Como assim outros países? Como assim bruxas e alfas que nunca vi na vida viriam até aqui só para olhar para mim? Mas Apolo completou:
— Faz vinte e cinco anos que não surge um companheiro para ninguém. Nem lobos, nem bruxas, nem vampiros. Desde a guerra...
Ele não terminou a frase, mas eu senti o peso