O silêncio no salão era denso, quase sufocante, quando as palavras escaparam da minha boca sem que eu tivesse tempo de refletir.
— Mas o que é companheira? — perguntei, olhando primeiro para Apolo e Arthur, e depois para cada rosto ao meu redor. — Até agora vocês vivem me chamando assim… mas eu não sei o que significa. O que isso quer dizer? Eu não entendo. — Minha voz tremeu levemente, mas não recuei. — Você pode me explicar?
A pergunta pairou no ar como uma flecha certeira.
Arthur arregalou os olhos, como se tivesse levado um soco no estômago. Apolo, sempre mais impetuoso, soltou um meio rosnado, visivelmente desconfortável. Amanda franziu o cenho, cruzando os braços como se tivesse esperado por esse momento. Já os príncipes — Benjamin e Bernardo — trocaram um olhar rápido, carregado de algo que não consegui decifrar.
Mas foi Eva quem se aproximou primeiro.
A bruxa caminhou com passos lentos, o som de suas sandálias ecoando pelo piso frio de pedra. Seus olhos, profundos como poços d