O mansão parecia respirar junto comigo depois que o Conselho partiu. O eco dos passos de Benjamin, Bernardo, Michael e Eva ainda parecia ressoar nos corredores, mas o silêncio que ficou depois de sua partida era muito mais pesado do que suas vozes.
Arthur e Apolo não me dirigiram palavra alguma. Não houve sequer um olhar que me oferecesse apoio. Ambos estavam magoados, isso era evidente, e eu não podia culpá-los. Mas também não conseguia me obrigar a sentir o que eles tanto diziam que existia entre nós.
O caminho de volta ao quarto foi sufocante. Apolo, de ombros tensos, caminhava alguns passos à frente. Arthur, de semblante fechado, atrás de mim. Ninguém ousou quebrar o silêncio. A cada porta que se fechava no corredor, parecia que outra muralha se erguia entre nós. Quando finalmente chegamos ao quarto, Apolo bateu a porta com força, sem sequer olhar para mim. Arthur me lançou um último olhar dolorido — um olhar que parecia suplicar por algo que eu não sabia dar — e, então, seguiu o